terça-feira, 30 de outubro de 2007

OLHOS COLORIDOS

De vez em quando fico a te olhar em em todas estas penso em te levar para um lugar onde gostaria de estar. É de acesso restrito, freqüentado por turistas que pelo modo como se vestem notamos que possuem culturas diferentes da nossa. Os hotéis e clubes por serem um número reduzido vivem abarrotados dessa gente.
O clima é aconchegante. Pela manhã o sol é forte, mas o calor é amenizado pelos ventos e sombras de árvores. A noite só é fria. Muito fria. Quando saímos do asfalto sentimos a ausência daqueles casarões coloniais ajardinados -seus muros de pedras decorativas vivem cobertos por heras e muitas rosas que tocadas pelo vento parecem um grupo de crianças brincando. É a cidade das rosas.
Também já estamos distante de um açúde, suas águas além de refletirem os eucalíptos da encosta conseguem copiar o azul do céu. Começamos a pisar em sua planície avermelhada. A paisagem parece existir de fato, as casa são modestas e as pessoas antigas -elas sempre nos cumprimentam sabendo que não nos conhece. Entramos numa rua, saímos noutra, passamos por um atalho e tudo que há é verde desde laranjeiras e vinhas até uma simples avenca. Este é o natural da serra.
"Feche os olhos e deixe a brisa te envolver. Sentir-se-á como um polén e terá a leve impressão de estar sendo transportado para os melhores lugares criados para nós como esta cidade"
Ah! Como desejo colorir os meus olhos!

Educação

Cegonha ave boa
Entre as várzeas, pântanos e lagoas
Deixou uma matéria prima. Divina!
Um pescador com a voz erguida.
Agora vai me dar a instrução:
É polir o mármore, é fundir o ferro,
Moldar a argila, quebrar o granito.
Os granitos no caminho...
Que bela educação!
A concreta é a ferida nas mãos,
O calo nos pés, o cálice e o pão.
A formal é a filosofia dos homens
A arte e a fé sem religião.

BUTTERFLY


Adivinhou!
A borboleta divagava, divagava
Bem devagar.
Adivinhou!
Que a rima
Era da mulher que escondia
Por debaixo do véu
O horizonte que continha
Este céu a te esperar.

O acaso no jardim
Butterflies para mim.



DANKE SEHR



Meu Rio maravilhoso
Uma porção próxima a terra
Vamos ver o que construímos
Duas estacas, as mais belas.
Costa é a varoa, retirada da costela
Ribeiro, um riacho
Pequeno. Muito obrigado!

O irlandês tem uma herança
De dons, genes e autoridades
Conferidos a sua linhagem.
Ele que pensava ser alemão
Um dia ficou na contramão
De um lado, costa.
Do outro, ribeiro.
Como dividir minha herança
Os dois são brasileiros.

O Brasil não tem etnia
São todos misturados
Se mesclarmos Ribeiro a Costa
Dá Ricos! Muito Obrigado!

sábado, 27 de outubro de 2007

SOPHOS




- Você conhece Deus?

-Por certo.

-Você o conhece além do que foi revelado nos escritos antigos?

-Não muito.

-Acredita então que esses escritos são sagrados, quero dizer, são de fontes divinas?

-Sim.

-Se não for, há de ter uma porção de conhecimento espiritual e filosófico. Esse Deus que as escrituras sagradas se refere é o Criador dos Céus e da Terra.

-Acredita que na ocasião Ele possuía algum poder extraordinário?

-Certamente

-Podemos dizer que esse poder foi uma somatório de energia, inclusive alguns religiosos chamam de dons espirituais, que nem a Ciência foi capaz de decobrir a fórmula de seus elementos.

-Sim. A natureza de seus elementos químicos foge de nossa compreensão.

-Baseiando-nos nas escrituras e esperando que elas sejam sagradas, é possível que Deus, o Criador, tenha conferido esses dons espirituais a Adão com o propósito de multiplicá-los, já que foi o primeiro homem nesta esfera. E acreditando que Adão possua a mesma sapiência que o Altíssimo, é fácil imaginá-lo repassando esse poder a seus filhos. Acredita que isso pode ter ocorrido?

-Pode ser.

Então esse poder é de cunho genealógico. Cada família pode ter atualmente pelo menos um desses dons espirituais.

-Absolutamente.

-Então voltemos aos sofistas da época de Sócrates. Eles eram guardiões da filosogia na Grécia Antiga. Se passarmos essa idéia para os dias de hoje, pode-se dizer que cada árvore genealógica tem uma guardião (alguém autorizado) que possui esses dons e guarda-os para que no devido tempo alguns dos seus possam usufruí-los de acordo com a conveniência desse Deus Criador.

-Sim. Tem algum fundamento.

-Podemos chamá-lo também de patriarcas ou matriarcas.

-Sim. Podemos.

-Esses dons espirituais poderiam ser somente positivos, por certo não seria justo, mas bom. Se Deus é justo, há de ter invertido as fórmulas das energias para que pudessem ter um resultado negativo de acordo com sua conveniência. O poder para ressuscitar, por exemplo pode ter sido usado para matar também.

-Exato.

-Nos antigos escritos podemos verificar o que acontece quando Seu poder é encontrado e de que forma é utilizado. Vejamos Moisés do Velho Testamento. O primeiro aprendizado foi identificar o tipo de energia que ele usaria para tirar do cativo a Israel. Ele manipulou as matérias orgânicas da natureza. Um guardião das ciências fisico-químicas da ocasião.

-Muito interessante.

-O segundo aprendizado é a morte de 15 mil pessoas, essas são ártifices do mal. Procuraram subjulgar uma nação para que pudessem ter mais poder, supõe até mesmo poder desse povo cativo. Quem sabe? Afinal, também vemos propósito neste resultado.

-As escrituras antigas é um livro de ensinamentos para mágicos possuidores dessas energias bipolares. Há curas; mortes por praga, fogo, água; há ressurreição; criação de matérias orgânicas; autoridade para conduzir nações. É a sabedoria dos deuses.

-Certamente.

-Há justiça nos antigos registros sagrados.

-Exato!



quarta-feira, 24 de outubro de 2007

VACA LOUCA

Humm! Cevada desgraçada.
É par os animais do campo
Adultos do pasto, bebês desgarrados
Cevada bebida, aquela moída
Amansa os calores.
-Tu é desligado mané.
Eu fui para a escola, levei a mamãe
Trancamos a casa.
-Botaram pó branco na minha cevada!
Liguei para a vó, irmã e irmão.
-Botaram pó branco na minha cevada!
Mandei uma carta com muitos detalhes
Contando o fato sem muito cuidado
-Botaram pó branco na minha cevada!
Andando ligado, cheguei num amigo
Pedi para entrar. Que seja bem vindo
Te digo irmão estou por um fio.
-Botaram pó branco na minha cevada!
Papai e mamãe cuidaram de mim.
-Onde estou doutor?
Você não se lembra. Deixaram-te aqui.
Me dia meu filho o que há nos seus olhos?
É muito barulho pra pouco maluco.
Voltei para casa decepcionado.
Será que eu posso fazer uma viagem,
Levar a cevada na minha bagagem?

SABOR NATURAL

O tradutor volta do mundo
Com várias idéias de comportamento
Seu monólogo leva a todos a cura
Porque sua loucura custa fortuna

O mestre é um ótimo intérprete
O clássico e o famigerado
Ganham mais formas noutros compassos
Aviso logo: Falo nada e leio pouco
Eu escrevo demais.
Creck, creck, creck,
-Salgadinho de milho
Sabor natural presunto.

O tradutor dá volta nos cantos
Encontra contatos de todos os bandos
O seu mistério nos leva a loucura
Porque sua doença se torna fortuna
O clássico e o famigerado
Ganham fama noutros compassos
Digo logo: Não leio muito.
creck. Sabor natural presunto.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

SALVE SEU FILHO

Invenções desumanas tiveram
E por meio delas propuseram
Aos meus melhores amigos daqui.
A primeira foi a do fedorento
Cheiro de porco, sovaco encardido,
Dente cariado, mau cheiro um horror.
A segunda foi a fedorenta,
Sabonete no sovaco escondido
O rap mais pobre que ouvi.

Vamos continuar altas horas
Falando das verminosas...
Verminosos também.
Já viu minhoca ter sexo?
Não. Mas o homem tem.
Por falar nisso o corpo é matéria prima
Que se desmaterializa. Você sabia?
Outro dia fui parar lá na China,
Aprendi sobre os bons fluídos,
A não ter inveja e por isso
Aprendi a ser ninja também.
Cheguei por volta de doze horas
Almocei feijão com arroz e dormi.
Acorda e sai agora,
As invejosas estão chegando,
Correndo, fedendo em busca de ti.

Não sei como revelar a pior de todas elas
A África chora toda hora, tadinha delas.
Meu corpo é o ideal,
Cinquenta e dois é meu peso
Trinta e oito meu manequim.
Nunca emagreci.
Mas ainda não sei explicar
Pediram-me para ocultar
O boato que ouvi. Se ouvi.

O sol mostrou a ferida.
Essa congênita eu vi
E isso é outra história
Que a cura ninguém descobriu.
Você ouviu?
Estou falando daquele vírus
Que deixa o olho ardido
Com ar de cansaço -Que dia abafado!
Será aids aperfeiçoado?
Quanta invenção eu descobri.

Par ao boato que ouvi. Se ouvi.
São as campanhas de rubéola.
Uma é verde e a outra amarela
basta aplicar duas delas.
Que coisa mais besta de descobrir.
E por que não aqui?