quarta-feira, 2 de abril de 2008

O amor afeta a inveja

A inveja ocorre quando tudo falece.
A sordidez do sonho, que dança e canta,
Chama a atenção do ser ausente.
Eu olho e tenho inveja,
Tenho ódio da minha imperfeição.
O sonho desfila por trás de mim.
Mesquinho! Me fazendo pecar!
Meu pensamento voa
Até reconhecer nossa condição
Neste mesmo lugar:
Frágeis, imperfeitos e lentos.
O mundo passa rápido,
Mas nos esquecemos.
Devagar quase parando.
Fui afetado pelo amor,
O amor passou...
A inveja que não mata.
Não assumimos o gosto pelo feio,
Nem pelo dinheiro.
Fracassamos quando negamos afeição.
A inveja passa...
A inveja passa...
Sempre quando alguém nos abraça.
A fonte d’água socorre
O viajante,
Alimenta sua articulação:
Palavras amáveis vamos ditar,
Sonorizar a vida,
Inspirar o homem.
Vamos fotografar o nu,
Descobrir a origem do coração
Que estava desidratado
Murchou quando esqueceram
De estender a mão.
(Que coração ingênuo!).
O sorriso pintado,
copiado e colado.
Afeição, afeição!

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