segunda-feira, 7 de julho de 2008

Fraternidade

Amor e amorosidade possuem uma relação relativamente arbitrária.
O amor que conheço de mãe quando me socorre é concreto, porém quando se trata de dividir a cozinha com ela no preparo de refeições o amor desaparece dando lugar para seus derivados que são abstratos e quase imperceptíveis nessa ocasião.

A humanidade, gerada por Deus, planeja a vida assim; estágios crescentes até chegar ao topo - ao Amor. E poucos são os que chegam lá.

Estudos – trabalho – dinheiro – bens materiais – sociabilidade – estabilidade – família – Amor. Observando esse ciclo temos a noção de que a base para se chegar ao Amor são os estudos.

O amor no seio familiar eu costumo chamar de amor celestial ou a própria caridade. É no lar aprendemos a partilhar todo nosso ser com o mais próximo e vice-versa. Esse câmbio tem um preço e milhares de pessoas não sabem, porque foram confundidas por instituições criadas pelo homem para distender o potencial humano e limitar sua visão rumo ao progresso; outras milhares simplesmente não adquirem instrução necessária para serem “incluídas” no mercado de trabalho ou numa comunidade de relacionamentos, que atualmente preferem pessoas do quinto estágio do Planejamento Vital.

Quem disse ser o Amor incondicional, no seu feeling permitiu que suas palavras fossem guiadas por princípios de algum lugar desprovido de torpeza.

Singelas palavras de um mundo sustentável e melhor, porque aqui o amor é ferida que dói e não se sente.


Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
(...)
Se tão contrário a si é o mesmo amor?
Luis de Camões

Nenhum comentário: