segunda-feira, 5 de novembro de 2007

MENINA-MOÇA

Miss girl

Vai!
Vou conversar com meu vinho
Branco, suave, antigo
Ta vendo a igrejinha rosa
É de rosa que eu gosto
Vou retomar a tradição familiar
Cobrir-me com o véu e botar a grinalda
Eu gosto!
Passar por lá e ver a capelinha
O padre dizer que menina-moça
Precisa se casar
O sol que brilha lá
Aqui também, tudo igual.
Mesma poesia que rima
Como as crianças na pracinha,
Que rima com as brincadeiras de rotina
Com as poças dágua na cozinha
Dia de chuva sozinha
Lá naquela rua sombria
Onde queria chegar
Na sombra que escurece lá
Aqui também, tudo igual.
Mesmos namorados
Enamorando a minha imagem
Essa tão ofuscada
Por que tanto por uma imagem?
Estátua!
Por que tanto dinheiro gasto?
Estátua!
Pra ver se estou acostumada
A andar sozinha
Pelas ruas da cidade.
Quem sabe?

2 comentários:

Vida disse...

adorei a poesia! ultimamente não tenho tido tempo de cuidar do meu blog... bjs

Flor de Liz disse...

A fantasia e a realidade são tão próximas nesses versos... mas já tem iséias mais novas em relação aos outros por ai!